Como correm as águas,
Direcionadas pelos leitos dos rios,
Corre em minhas veias,
O sangue vermelho, bem da cor da paixão...
Meu coração não se cansa,
Não se entrega,
Mas faz-me observar atentamente,
Para não sofrer com a paixão.
“Não quero paixão!” Assim ele grita...
Eu também não quero...
Queremos juntos - meu coração e eu,
Um amor de verdade,
Que seja inseparável como somos nós,
Que se entregue sem medir esforços,
E, se nos surpreender a morte,
Que nos sepulte juntos,
Pois sem coração eu não vivo,
E, sem amor, meu coração não resiste...
De qualquer forma,
Aconteça o que acontecer: morreremos juntos!
E espero que seja uma morte de amor,
Mas realmente de muito amor,
Para causar inveja aos mal amados,
Que por medo ou comodismo,
Jamais tiveram a coragem de amar,
E num egoísmo tolo, não se deixaram amar por alguém...
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