Não posso mais...
Sinto que meus pés não me acompanham,
Meus ossos não têm mais forças para seguir,
Para sustentar-me em meu caminho,
Minha luta é mais cruel, pois os anos se foram,
Voaram, escoaram por entre os meus dedos,
Qual fina areia escorrendo das mãos...
Meus olhos perderam o brilho da vida,
Meus ouvidos não ouvem, senão uma voz,
Saída de dentro, é o meu coração, que fala,
De coisas passadas, quase esquecidas,
Que marcaram minha vida, que chamo de amor...
Resta pouco, quase nada em meus dias contados,
Marcados que foram porque sempre amei.
Nada guardei, reservar nem pensei, o amor,
Ah, o amor me moveu, em cada passo que dei,
Esse amor tão leal, simplesmente foi real,
Nada resta senão do amor, gratidão...
Nada mais que o amor, simplesmente o amor,
Que ainda me faz caminhar, sentir, sorrir, viver,
Desejar outra vida pra poder amar ainda mais,
Sentir outra vez, que apesar do seu fim,
Minha vida valeu, pois o amor não morreu...
O amor que sustenta, suporta, faz crer
Que não há solidão, nem dor, nem coisa qualquer,
Que possa impedir um coração de viver, reviver,
As mais belas lembranças de quem soube viver para amar...
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