Os teus olhos marcam o tempo...
Vejo claramente que a infância,
A beleza inocente da infância está passando...
Cada dia mais distante,
Os teus olhos,
Ora infantis, ora mesclados numa tenra maturidade,
Apresentam um misto de malícia tão ingênua...
Mesmo assim, ainda posso vislumbrar tua inocência,
Teu amor, todo envolvido em belos sonhos,
E, um mistério a ser desvendado a cada dia que passa...
Caso eu pudesse congelar no tempo algum momento,
Seria este, que é o intermédio, que passa da inocência no seu curso,
Ao pudor das descobertas mais sublimes...
Os olhares são tão vivos e os sorrisos muito fartos,
Não se cansam nem se entregam, mas relutam para ser,
Tudo quanto ainda sonham e nos sonhos acreditam...
Um mundo invisível alimenta os sonhadores infantis,
Que se enamoram tantas vezes, e, também choram, escondidos,
Quando sentem que o tempo já parece tão distante,
Quando surgem as durezas de um amor quase impossível...
Ah! Infância tão querida!
Passa ainda algum tempo entretendo esses meninos na inocência tão singela,
Para que ainda vejamos esta luz nos seus olhinhos,
E, os sorrisos que despertam corações adormecidos duma infância bem distante...
Muitas vezes parecem anjos fora do lugar,
Mas não tem asas, não voam, não protegem a ninguém,
Mas precisam a todo instante de serena proteção, neste mundo que os espera...
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