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domingo, 25 de dezembro de 2011

AQUELA NOITE SILENCIOSA...

Aquela noite silenciosa,
Espantosamente estava ela mergulhada em profunda expectativa...
Aquela noite sabia, era consciente da grandeza que a tornaria sublime,
Recordada por gerações e venerada como “a grande noite”!
Sim. A maior dentre todas era ela e a estrela, testemunha maior,
Ao mesmo tempo com seu brilho conduziu os magos,
Que a seguiram convictos de encontrarem o mistério,
Não mais distante, mas presente e transformador...
Depararam simplesmente com uma criança enfaixada e deitada,
Não em berço preparado e requintado, mas em simples manjedoura...
Era páscoa, mas sem cruz e sem morte;
Era a passagem de Deus que passava entre nós em criança tão pequena!
Que grandeza revelada nos olhinhos do menino e ao lado sua mãe,
Que, silenciosa O contemplava em estado de estupor...
Tinha ainda um belo homem, que estava mais distante,
Envolvido num silêncio de amor tão atraente aos nossos olhos,
Que desperta dentro em nós o desejo de provar o mesmo amor silencioso...
Tudo parou naquela noite: o rio em seu leito, o vento no seu sopro suave;
O pássaro noturno não emitia som algum, e o mundo todo silenciou...
Somente o choro do recém-nascido despertou a criação inteira,
Dando vida e iniciando sua história entre nós.
Noite silenciosa e também acolhedora!
Acolheste um menino que de todos foi tão grande, que pequeno Ele se fez;
Era Deus e fez-se homem para o homem fazer Deus;
Seu natal é também nosso, pois só Nele renascemos e ganhamos vida nova.
Noite santa e esplendorosa envolvida num milagre sem igual,
Trazias somente uma estrela condutora, que mostrou ao mundo todo,
Onde estava a vida nova, plena, envolvente e eterna,
Justamente quando Deus para nós foi enviado em Jesus o Salvador.
Exatamente o que cantaram os Anjos, nós, aqui na terra repetimos:
“Glória a Deus lá nas alturas e na terra paz aos homens”!
Este canto é nosso canto, pois as portas se abriram,
E todo céu cintila alegre nas estrelas infinitas.
Descerradas foram para sempre as misericórdias lá do céu,
Que, encontrando em nós morada, ilumina o nosso ser,
Aquecendo em nosso peito o dilatado coração,
Enriquece a nossa alma, enobrece o nosso espírito,
E, num silêncio adorador, tudo é festa dentro em nós...


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