Aquelas serenas noites, as mais belas do nosso amor juvenil,
Hoje estão gravadas em minha lembrança, seladas em meu coração,
Que, silenciosamente chora, e, envolvido por terrível sofrimento,
Lamenta a desventura da tua ausência!
Por que este silêncio, tão cruel e sem limites?
Não posso mais. Sinto a dor desta separação,
Que me faz desejar ainda mais o reencontro,
De nossos corações eternamente enamorados!
Na tua partida, somente deixastes comigo,
As doces lembranças das palavras meigas,
Proferidas com gracioso encanto e, tão serenamente,
Acolhidas pelo meu coração dilatado de amor.
O perfume das plantas ao redor de nossa casa,
Perderam aquele odor de quando estavas presente;
As árvores perderam suas folhas, recusando-nos suas belas flores e sua sombra,
Pois do teu encanto e beleza a natureza retirava aquela inspiração,
Capaz de romper com o frio, tornando ameno o calor,
Como se fosses tu a controlar o ciclo da natureza,
Que, de quando em quando chora suas lamentações,
Elevando em seguida, em forma de densa névoa,
Uma cortina espessa, que encobre o brilho do sol,
Que não ousa emitir seus raios, competindo com aquele brilho,
Emanado nobremente dos teus olhos sorridentes,
Que ainda daqui contemplo, quando com meus olhos fechados,
Contemplo a tua nobre beleza, jamais extinta no meu doloroso coração,
Outrora fora a morada do nosso amor,
triste dor a solidão que abate o próprio ser e sua oportunidade do encontro.. Triste partida, essa do que não pode mais ver e sentir a presença de quem se ama.
ResponderExcluirtriste saber que a solidão também ensina mesmo de uma forma dolorosa.
Daqui de dentro deste meu silêncio
ResponderExcluirposso sentir seus olhos inundados,
com as lágrimas que um dia inundou-me...
E com uma oração elevo meus olhos aos céus
e ofereço nossos corações.