Onde estão aqueles olhos, que um dia me olharam,
Que sorrindo penetraram o mais profundo do meu ser?
Onde estão aquelas mãos, que acenaram para o peito,
Que mostraram um lugar quase perfeito, que seria ao seu lado?
Onde estão aqueles braços, que um dia num abraço me envolveram,
Que mostrando a sua força, ofertou-me segurança?
Onde estão tantos momentos, no passado, bem vividos,
Que hoje vivem escondidos na lembrança, na memória?
Onde estão aquelas juras, as promessas e loucuras,
Que espantaram as tristezas e o medo de amar?
Onde estão as despedidas, ausências e distâncias,
Que trouxeram aos nossos olhos, o rolar de tantas lágrimas?
Onde estão tuas carícias e teus gestos com um toque de malícia,
Que em nosso encontro provocaram o pulsar dos corações?
Onde estão os teus odores de perfumes tão suaves,
Que espalhados se juntaram, cortejando nosso amor?
Onde estão os teus sorrisos, espantando todo o abismo,
Que os temores e as dores para nós se apresentaram?
Onde estão tuas palavras, tão caladas no silêncio,
Que um dia bem ouvidas, proferidas com ardor, nosso amor justificou?
Onde estão todas as noites de estrelas, lua clara de verão,
Que mostraram para o mundo, não há nada proibido na presença do amor?
Onde estão os sentimentos, partilhados lado a lado,
Que o coração procura pra conforto do agora, num lugar lá do passado?
Onde estão anotadas as memórias, de uma história construída,
Que o leitor não sabe ler e nem pode compreender, porque nasce do amor?
Tudo isto que vivemos, certamente viveremos enquanto dure a eternidade...
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