Sentado na praça o velho olhava,
Distante o passado ali recordava,
Enquanto bem perto a criança brincava.
O sol o aquecia e do tempo esquecia,
Normal no seu curso o dia corria,
Seu olhar era atento, seu mundo alegria.
A saudade era amiga, a lembrança antiga,
Seu rosto sereno, na face abriga,
Sinais do passado, cansaço e fadiga.
O tempo passou, sua vida mudou,
Seu trabalho deixado no tempo ficou,
Vendo a jovem passando, do amor recordou.
Seu olhar muito atento, sentado num banco,
A praça o seu lar, motivo de encanto,
O sorriso nos lábios esconde o espanto.
O mundo é outro do tempo da infância,
Tudo era mais simples, não tinha ganância.
Nos seus olhos banhados, outra imagem surgia,
O futuro é incerto, o passado existia,
No presente o barulho a criança fazia.
Assustado com tudo, seu olhar avistava,
Pais e filhos chegando, o mundo brincava,
O jogo da vida seu curso tomava.
O tempo passou e ficou na lembrança,
Viu nascer e crescer uma nova criança,
Renasceu e brotou uma nova esperança.
O velho da praça aos olhos do mundo a morte ele abraça...
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