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domingo, 22 de maio de 2011

AH, O TEMPO...

Ah, o tempo!
Onde está o tempo prometido pela paixão?
Onde está o tempo do encontro entre os enamorados?
Onde está o tempo capaz de sanar mal entendidos?
 Ah, o tempo! O tempo...
Por que prolongas a separação entre aqueles que se amam?
Por que castigas corações inocentes que descobrem o amor?
Por que permites desencontros, dor, lágrimas?
Ah, o tempo! O tempo...
Muitas vezes cruel, sem compaixão...
Muitas vezes sangrento como um martírio...
Outras tantas silencioso como a morte do amado...
Ah, o tempo! O tempo...
O tempo do reconhecimento da paixão...
O tempo da descoberta do amor...
O tempo da esperança, da resposta, da certeza...
Ah, o tempo! O tempo...
O tempo da paixão transformada e até incerta...
O tempo do amor revelado e sigiloso...
O tempo da ternura e da sábia loucura, impulso dos corações...
Ah, o tempo! O tempo...
Mostra a tua força de união, de consistência...
Mostra a tua maturidade e teu poder, tua beleza...
Mostra que a paixão não pode tudo e que o amor supera a morte...
Ah, o tempo! O tempo...
Venha socorrer os corações enamorados, tomados por real paixão...
Venha despontar como a aurora, que invade a escuridão, para expressar na luz o seu amor...
 Venha ser esperança dos desesperados...
Ah, o tempo! O tempo... O tempo... O tempo... Ah, o tempo!




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