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domingo, 29 de maio de 2011

ESTE SILÊNCIO...

Este silêncio em que minha alma,
Desprotegida e indefesa,
Cruelmente foi mergulhada,
Provoca em mim uma dor profunda,
Como se um espinho estivesse,
Impiedosamente cravado em meu peito...
Cada movimento vem acompanhado de dor,
Fazendo jorrar gota após gota,
Não o meu sangue, mas minhas forças...
Sei que alguma saída existe,
Tenho certeza de que estarei livre novamente,
Desta atrocidade que me angustia,
Que me faz sentir tão pequeno
E, quase sucumbido sobre o peso
Desta infame solidão,
Que hoje torna tudo escuro ao meu redor...
Uma pequena luz, minúscula,
Que não vejo, mas vislumbro pela fé,
Permite ao meu coração uma leve reação,
Um quase insignificante impulso em busca da vida,
Daquela mesma vida que tanto amo,
E, que muitas vezes foi objeto das minhas declarações,
De verdadeira paixão...
Mesmo no silêncio, na solidão,
Continuo amando... Não sei quem, nem o quê...
Esse amor pela vida me resgata do meu eu,
Devolvendo-me a mim mesmo, exatamente como sou: amante, nada mais...

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