Sopra o vento agitando as folhas,
Agitando ao mesmo tempo em mim,
A floresta dos meus secretos pensamentos,
Numa leveza que me faz sentir o vazio dentro do peito...
Meu desejo não é o vento forte,
Mas aquela suave brisa que acaricia meu rosto,
Aquela mesma que desperta minha alma,
Desejosa de um novo amor...
Ouço que o vento canta, mas a sua voz não compreendo,
Porque sopra ininterrupto sem deixar falar também,
O silêncio que é próprio da doce brisa que está distante.
Depois da tempestade vem também a calmaria,
Mas o carinho que desejo vem da brisa dos teus beijos...
Pensamentos são levados de um lado para o outro,
Como pó que o vento sopra, sem chegar ao coração.
Já não posso esperar novo alento no meu peito,
Pois sem ter você comigo, desfaleço,
Por saudade tão cruel, semelhante à paixão,
Que maltrata, destrói e aniquila nossa vida,
Permitindo um mergulho na cruel desesperança...
Vem ao meu encontro, arrebata minha alma agonizante,
Leva-me para o delicioso jardim das delícias do teu amor,
Pois assim recobro a vida e renovo o compromisso,
De esperar com paciência outro dia a tormenta,
Da ausência de quem eu amo e, que meu rosto acaricia,
Como a brisa que me abraça no perfume que ela traz,
Pra minha alma despertar esperando o teu retorno...

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